Era como um vício. As estrelas o atraiam, a lua cheia o prendia em um inebriante sorriso que, embora não fosse muitas vezes visto externamente, estava ali representado no brilho dos olhos negros. As lentes de vidro refletiam as luzes da cidade. Apartamentos acesos indicavam que Maringá continuava acordada, mesmo no pico da madrugada. Ele, assim como um bocado de gente, buscava uma forma de fugir da insônia. Algumas janelas piscavam luzes azuis, indicando que a televisão era a melhor companhia na noite que não queria amanhecer. Mas o refúgio dele estava na rua, sentia-se bem naquele ambiente urbano, emparedado por prédios na larga avenida iluminada. A brisa noturna que lhe bagunçava os cabelos fazia-lhe sentir livre. No entanto, alguma coisa o incomodava.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Estrela Cadente *
domingo, 26 de setembro de 2010
Quando eu crescer
Quando eu crescer, quero ter um jardim desses, florido, com um banquinho em baixo de uma árvore para ler meus contos preferidos, sozinho, em paz.
Quando eu crescer, não quero saber da guerra pela TV e ignorar as mortes diárias dos inocentes nas favelas do meu País.
Não quero deixar para fora da janela um dia de sol como o de hoje. Olha, olha ali como a água brilha com o reflexo do sol. Quando eu crescer, quero ser marinheiro, só para poder sentir o sol, o vento, a chuva, enfrentar as tempestades, sentir a vida que hoje eu vejo por uma parede de vidro.
Quando eu crescer, vou amar alguém. Ela será minha princesa e eu a protegerei de todo o mal. Lhe trarei flores do jardim todos os dias, recitarei um verso dos meus poemas favoritos e afagarei seus cabelos até dormir.
Ah um dia, quando eu crescer...