quarta-feira, 28 de julho de 2010

A busca

Parou, olhou para o semáforo vermelho e foi em um momento de fuga, em que se ignora desde o carro barulhento ao lado, até o malabarista desajeitado em busca de uns trocados, que Inácio pensou: “O que é que eu estou fazendo aqui?”. Não era um lapso de memória, nem a percepção de estar perdido espacialmente naquela avenida larga de Campo Grande. Era, na verdade, um momento de lucidez. Uma certeza de estar completamente perdido entre as contradições de si mesmo.

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terça-feira, 27 de julho de 2010

Eu@mo.você

Quando ela disse que o amava, os olhos dele não piscaram por longos segundos. Ele ficou imóvel, sem dizer uma palavra, sem entender o porquê ela dissera aquilo daquela forma tão abrupta e tão... tão despreparada, pelo menos para ele. Era como se ele dissesse com os olhos que declarar-se para alguém exige pré-requisitos, como um tempo, um local e uma forma específica, uma norma da Abnt do amor.

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